O Mundo Não Para de Mudar: Como o Crescimento Contínuo é Essencial para se Adaptar e Prosperar no Futuro.

Nem mesmo a fria chuva de novembro, como cantou Axl Rose na icônica “November Rain“, dura para sempre. A dor é temporária; pode durar um minuto, uma hora, um dia ou um ano, mas, em algum momento, ela se dissipará, e outra coisa tomará seu lugar. Se desistirmos, no entanto, o sentimento de derrota pode durar para sempre.

Lembre-se: no passado, você certamente passou por situações ruins que podem ter parecido o fim do mundo e, na maioria das vezes, elas desapareceram. Da mesma forma, situações boas também passaram, mostrando a natureza transitória de tudo. Em cinco anos, uma vida inteira pode mudar drasticamente – relacionamentos, saúde, carreira, finanças, conhecimento, espiritualidade, gestão emocional.

Crescer ou Morrer: A Necessidade Vital do Desenvolvimento Contínuo

Recentemente, li um texto que reforçou uma ideia frequentemente mencionada por T. Harv Eker: na vida, ou você está crescendo, ou está morrendo. O autor que li argumentava que, se você busca apenas a média, a tranquilidade, o descanso ou a estabilidade, você pode, paradoxalmente, não estar na direção do crescimento genuíno. Foi um insight forte, especialmente porque, há um tempo, eu mesmo buscava o chamado “platô” de segurança. A colocação faz total sentido: considerando que o planeta está em constante evolução – com novas descobertas, tecnologias e técnicas de aprendizado acelerado surgindo diariamente – no momento em que você se desconecta do crescimento, começa a ficar estagnado, preso ao “passado”. A adaptação à mudança exige um compromisso com o crescimento contínuo.

O Futuro é Agora: A Disrupção Tecnológica e Suas Implicações

Para ilustrar a perenidade da mudança e a velocidade das transformações, reproduzo abaixo um resumo de um texto originalmente publicado na revista Brasil e Energia Petróleo e Gás (edição de dez/2016), que se baseava em discussões da Singularity University (link em inglês, mais completo) Germany Summit de abril de 2016. (Nota: As previsões a seguir refletem a perspectiva de 2016 e servem para ilustrar a velocidade da mudança.)

  • O Caso Kodak: Em 1998, a Kodak tinha 170 mil funcionários e dominava 85% do mercado mundial de papel fotográfico. Em poucos anos, seu modelo de negócio foi extinto pela digitalização, e a empresa sofreu perdas gigantescas, saindo da lista das 500 maiores dos EUA em 2013.
  • Aceleração da Inovação: O mesmo destino da Kodak aguardava (e ainda aguarda) muitos negócios e indústrias nos anos seguintes, com a maioria das pessoas mal percebendo o impacto até que ele se concretize. Novas tecnologias, especialmente softwares, continuam a transformar radicalmente a maioria dos setores.
  • Exemplos de Disrupção (Perspectiva de 2016):
    • Transporte: O Uber, uma plataforma de software sem frota própria, tornou-se a maior empresa de “táxis” do mundo. Em 2025, a Tesla e a Waymo estão lançando robô-taxis…
    • Hospedagem: O Airbnb transformou-se no maior provedor de hospedagem global, sem possuir um único hotel. Em 2025, isso não mudou muito…
    • Direito: Nos EUA, a plataforma IBM Watson começou a oferecer aconselhamento jurídico básico com alta precisão, sinalizando uma redução drástica no número de advogados generalistas. Hoje, 10 anos depois, temos OpenAI, Claude, Gemini, Anthropic oferecendo ajuda para resolver inúmeros problemas da vida moderna.
    • Saúde: O Watson também passou a auxiliar em diagnósticos de câncer com eficiência comparável ou superior à de profissionais humanos.
    • Manufatura: O custo da impressão 3D despencou, e a velocidade aumentou exponencialmente. Grandes empresas de calçados começaram a imprimir sapatos em 3D, com a previsão de que, até 2027, 10% de todos os produtos manufaturados seriam impressos em 3D. Em 2025, estamos quase lá.
    • Emprego: Previa-se que, nos 20 anos seguintes a 2016, cerca de 70% dos empregos atuais poderiam desaparecer ou ser radicalmente transformados.
    • Automobilismo: Os primeiros carros autônomos eram esperados no mercado em 2018. Por volta de 2020, previa-se o início da desmobilização da indústria automobilística tradicional, com as pessoas utilizando veículos autônomos sob demanda via aplicativos. Isso implicaria menos carros, transformação de estacionamentos em parques, e mudanças no mercado imobiliário devido à possibilidade de morar mais longe dos centros urbanos. A segurança no trânsito aumentaria drasticamente, impactando o setor de seguros de automóveis. Empresas de tecnologia como Tesla, Apple e Google foram vistas como as futuras construtoras de “computadores sobre rodas”, com os carros elétricos dominando o mercado. Em 2025, isso ainda não aconteceu desta maneira, mas estamos no caminho.
    • Energia: A energia solar estava se tornando incrivelmente barata e limpa, com o mundo já instalando mais capacidade solar do que fóssil em 2015. Energia elétrica barata tornaria a dessalinização da água viável em larga escala.
    • Petróleo e Gás: Nesse futuro, com veículos elétricos e energia limpa, a demanda por petróleo e gás natural cairia drasticamente, sendo direcionada para fertilizantes, fármacos e petroquímicos. Países do Golfo poderiam se tornar os únicos fornecedores relevantes de petróleo. Empresas de Óleo & Gás que não se verticalizassem (agregassem valor) enfrentariam o desaparecimento. Em 2025, a indústria do petróleo mostrou a sua força e continua sendo um competidor forte em energia.

Navegando na Transformação: A Lição de Heráclito para os Dias Atuais

Este cenário de mudanças aceleradas, mesmo observado de 2016, com comentários de 2025, reforça a sabedoria antiga. Como disse o filósofo grego Heráclito (535 a.C. – 475 a.C.): “Nada é permanente, exceto a mudança.” A capacidade de adaptação à mudança e o compromisso com o crescimento contínuo são, portanto, mais cruciais do que nunca.

#saiDaMedia

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