Desculpas, historinhas, “verdades” convenientes, brincadeirinhas… Qual nome você dá para as justificativas que mantém vivas, aquelas que te impedem de ser a pessoa de sucesso que tanto sonhou?
Autorresponsabilidade é a crença fundamental de que você é o único responsável pela vida que tem levado, seja essa jornada dolorosa ou gratificante. É assumir a responsabilidade pelas atitudes que te trouxeram até o ponto atual e, mais importante, pelas que vão te impulsionar a patamares ainda maiores. Significa entender que somente você pode mudar suas circunstâncias atuais, ao:
- Responsabilizar-se pelas suas escolhas, pois elas determinam os seus caminhos;
- Responsabilizar-se pelas suas atitudes, pois elas trarão consequências diretas;
- Responsabilizar-se pelos seus sentimentos e pensamentos, pois eles estruturam as suas crenças e, consequentemente, suas realizações.
No livro “O Poder da Ação”, o autor Paulo Vieira detalha as 6 leis para a conquista da autorresponsabilidade, um roteiro para essa transformação.
As 6 Leis para a Conquista da Autorresponsabilidade (Inspirado em Paulo Vieira)
- Se for criticar as pessoas, CALE-SE. Quando paramos de criticar, nosso foco naturalmente se desloca do problema para a solução. O que você realmente ganha ao criticar os outros? Se, por acaso, você receber uma crítica, experimente devolver um elogio. Rebater uma crítica com outra apenas alimenta o ciclo negativo.
- Se for reclamar das circunstâncias, DÊ SUGESTÃO. A característica mais forte e perigosa da reclamação é a fuga da autorresponsabilidade. Não reclamar é diferente de se calar diante de um erro. Um erro deve ser abordado e corrigido com a seguinte mentalidade: “Como nós podemos fazer para focar na solução e melhorar isso?”
- Se for buscar culpados, BUSQUE A SOLUÇÃO. Enquanto você não abolir as justificativas e desculpas intelectuais da sua vida, nada mudará significativamente. É crucial notar que Responsabilidade é DIFERENTE de CULPA. A culpa é um sentimento corrosivo que rouba o sorriso, a paz e a autoconfiança, impedindo o avanço. Novamente, o foco deve ser na solução, com proatividade, através de perguntas como: “O que posso fazer para melhorar esta situação?”, “Quais as melhores atitudes para mudar este cenário?”, “O que não devo fazer nesta situação?”
- Se for se fazer de vítima, FAÇA-SE DE VENCEDOR. Não se coloque em posições de sofrimento e inferioridade. No livro “Emoções Tóxicas”, Bernardo Stamateas discute como a vitimização muitas vezes tem origem em vícios emocionais de busca por atenção, frequentemente trazidos da infância (ex: “quando fico doente, sou amado e recebo atenção; quando estou bem, não tenho todo esse amor”). Isso pode gerar um ciclo vicioso de vitimismo. Essa é, sem dúvida, uma das maiores pragas da humanidade: o “coitadismo”, a mania de vitimização. É um hábito autodestrutivo porque, além de ser um caminho rápido para o fracasso, isola o “coitadinho” em suas lamentações, já que ninguém aprecia a companhia de alguém derrotista e com energia negativa. O “coitado”, a vítima, repele o sucesso, a prosperidade e a abundância. O vitorioso, por outro lado, atrai essas mesmas coisas na mesma velocidade e direção.
- Se for justificar seus erros, APRENDA COM ELES. Sem o processo de reconhecimento e aprendizado com os erros, não há como conquistar mais. Como diz Paulo Vieira: “Não existem erros, apenas resultados.” Jamais justifique um erro; em vez disso, busque sempre aprender com ele. Querer nunca errar é uma ilusão, pois errar é uma consequência natural do viver, da liberdade de escolha. O importante é aceitar o erro sem autocondenação, aprender com cada um e esforçar-se para não repeti-lo. Diz-se que as pessoas bem-sucedidas só o são porque já erraram muito – e, crucialmente, aprenderam com esses erros.
- Se for julgar alguém, JULGUE AS ATITUDES dessa pessoa. Quando julgamos a pessoa em sua totalidade, criamos barreiras. Quando analisamos a atitude específica, abrimos pontes para o entendimento e a mudança.Exemplo:
- “Maria é desastrada.” (Julgando a pessoa, rotulando sua identidade)
- “Maria causou um desastre na cozinha.” (Julgando a atitude, descrevendo um fato) Imagine-se no lugar de quem está sendo julgado. É verdade que Maria é sempre e 100% um desastre? Provavelmente não. Agora, dada uma circunstância específica, é possível que ela tenha causado um desastre na cozinha? Sim, é um fato provável e pontual. Julgar a atitude permite que a pessoa veja o erro como algo que ela fez, não algo que ela é, facilitando a correção e a colaboração.
Como disse André Minucci: “Uma pessoa de sucesso autorresponsável, identifica [o problema] por ação ou omissão, entende, aprende e toma uma ou mais decisões que promovem mudanças na vida dela.”
O Poder da Escolha: Entendendo o Conceito 10×90
Existe um princípio que diz que pelo menos 10% das coisas que nos acontecem estão fora do nosso controle. No entanto, os outros 90% são determinados pela maneira como escolhemos responder, fazer e agir diante dessas situações. São esses 90% que definem nossos resultados.
#saiDaMedia