Perfis Comportamentais (DISC & Similares): Autoconhecimento e Ação

“Se você quer fazer uma mudança permanente, pare de se focar no tamanho de seus problemas e comece a focar no seu tamanho.” ~T. Harv Eker

A decisão entre fazer e continuar apenas pensando em fazer é um dilema comum. Uma ferramenta que pode iluminar esse caminho é o assessment comportamental.

Entendendo as Ferramentas de Assessment (Avaliação Comportamental)

“Assessment”, ou avaliação, é um termo amplamente utilizado no ambiente corporativo para identificar as principais habilidades e características comportamentais de uma pessoa. Dentre os diversos sistemas de avaliação de desempenho e perfil, focaremos em três que compartilham uma estrutura similar de quatro perfis principais: DISC (ferramenta de teste de personalidade), SOAR e PDA. Cada indivíduo possui um pouco de cada perfil, com um ou dois sendo predominantes.

Os 4 Perfis Comportamentais Principais (e seus Opostos)

Esses perfis geralmente se dividem em dois eixos principais: Tarefas e Relacionamentos.

Eixo das Tarefas:

  1. Dominante (D) (ou “Tomador de Risco”):
    • Focado em resultados, controle e comando.
    • Gosta de desafios, mudanças e respostas diretas.
    • Aceita riscos para inovar.
    • Pode ser enfático e exigente; dificilmente aceita ordens passivamente.
    • Oposto: Não-Dominante (mais cauteloso, menos assertivo em comando).
  2. Analítico (C) (ou “Cauteloso”, “Conforme”):
    • Organizado, voltado para processos, preciso e detalhista.
    • Tende ao perfeccionismo; valoriza a verdade e a exatidão.
    • Pode ser crítico e, por realismo, tender ao pessimismo sobre resultados.
    • Exige alto padrão de si e dos outros.
    • Preocupa-se com o que pode dar errado; expressa opinião apenas com certeza.
    • Oposto: Não-Analítico (menos focado em detalhes e processos, mais intuitivo).

Eixo dos Relacionamentos:

  1. Extrovertido (I) (ou “Influente”):
    • Direcionado para pessoas, sociável e comunicativo.
    • Prefere liberdade a detalhes e controles excessivos.
    • Usa bem a intuição e a linguagem verbal; é persuasivo e carismático.
    • Confia nos outros, age por impulso e emoções.
    • Autoconfiante, gosta de se autopromover e de falar bastante.
    • Oposto: Introvertido (mais reservado, prefere interações menores e mais profundas).
  2. Paciente (S) (ou “Estabilidade”, “Planejador”):
    • Gosta de eficiência, planejamento e ambientes estáveis.
    • Tende a relacionamentos profundos e duradouros; é confiável.
    • Não gosta de conflitos, atua como pacificador.
    • É um bom ouvinte (complementar ao Extrovertido).
    • Metódico, importa-se muito com a equipe e a harmonia do ambiente.
    • Oposto: Impaciente (mais rápido, direto, menos focado em harmonia e processos longos).
A Importância de Compreender os Perfis para Ação e Sinergia

O objetivo de conhecer esses perfis (os quatro principais e seus quatro opostos, totalizando oito variações) não é julgar, rotular ou segregar. É entender e facilitar a aceitação de que somos uma mistura complexa dessas características.

Compreender esses sistemas nos ajuda a entender:

  • Por que algumas pessoas têm dificuldade em agir ou tomar a iniciativa.
  • Por que alguns são tão apressados (Impacientes), enquanto outros são calmos e metódicos (Pacientes).
  • Como um Dominante (que detesta seguir ordens) pode, sob a liderança de um Paciente (agregador), formar uma equipe de execução espetacular.

Se você sente uma dificuldade extrema em AGIR, reconhecer seu perfil pode te ajudar a se associar com alguém que complemente suas características e te ajude a FAZER ACONTECER – talvez uma pessoa com perfil Dominante ou Impaciente. Essa parceria pode ser transformadora.

Portanto, antes de simplesmente dizer “AÇÃO!”, “VAI LÁ E FAZ!”, é preciso respeitar e entender que existem tarefas e abordagens certas para pessoas certas.

Flexibilização vs. Volubilidade: Adaptando-se com Inteligência Emocional

Existe também o conceito de flexibilização. Ser flexível não é mudar ao acaso para se adaptar aos outros, perdendo sua essência. É, mantendo suas raízes e valores firmes, conseguir “vergar-se” o necessário para atender às demandas do ambiente ou de uma situação específica.

  • Flexibilidade Saudável: Manter suas origens e bases, adaptando-se temporariamente e retornando ao seu estado natural.
  • Volubilidade: Não ter raízes, mudando completamente conforme o ambiente determina. (O autor do texto original confessa ter sido volúvel antes de fincar o pé em seus paradigmas e aprender a flexibilização saudável).

A flexibilização é a capacidade emocional de performar um papel que não é o seu predominante (ex: um Introvertido sendo mais comunicativo em um evento, ou um Não-Analítico usando planilhas por necessidade profissional). É aqui que entra a inteligência emocional: até que ponto essa adaptação causa “sofrimento” e quão sustentável ela é?

  • Se a flexibilização é natural e esporádica, pode enriquecer relacionamentos e o trabalho em equipe.
  • Se é muito dolorosa e constante, as emoções contidas podem “estourar” em algum momento, muitas vezes como sintomas físicos.
A Conexão entre Emoções e Saúde (Metafísica da Saúde)

Segundo vários autores, TUDO o que somatizamos no corpo tem uma origem emocional. O livro “Metafísica da Saúde” (e o campo da doença psicossomática) explora a relação entre conflitos emocionais específicos e as áreas do corpo afetadas. Vale a pena pesquisar sobre o assunto para um entendimento mais profundo de si mesmo.

#saiDaMedia #FaçaAcontecer

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